toscana

Pietro no mundo

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Vivi seis anos da minha vida nesta região; esta terra e algumas pessoas que a habitam ocupam um lugar especial no meu coração. Um território feito de montanhas apeninas espetaculares como o Monte Amiata e o Monte Falterona, localidades de veraneio renomadas como Abetone e cadeias montanhosas selvagens como os Alpes Apuanos. Aqui nascem e correm por centenas de quilômetros os rios Arno e Tibre. Colinas verdes declaradas Patrimônio Mundial pela Unesco. A costa tirrena tem praias de areia lotadas ou exclusivas, e ilhas entre as mais belas da Itália. Mas o que torna a Toscana famosa em todo o mundo são suas numerosas cidades de arte e vilarejos medievais: Florença, Pisa, Siena, Lucca, San Gimignano, Pienza, Volterra, só para citar alguns. Adoro a culinária toscana: a Ribollita, os Pici all’Aglione entre os primeiros pratos, o Caciucco entre os segundos e, de sobremesa, os Cantucci ou o Castagnaccio. Vinhos tintos como o Chianti ou, para quem pode, o Brunello di Montalcino.

Província de Arezzo

Superfície: 3.232,90 km² População: 333.344 Municípios: 36

Arezzo: Palazzo dei Priori sede da Prefeitura

Fotos de viagem...

Arezzo

A centralíssima via Guido Monaco; ao fundo a Torre do Relógio

Piazza Grande, também chamada de Piazza Vasari pelo nome do arquiteto que a projetou em 1560

Catedral dos Santos Pedro e Donato, chamada o Duomo

Cidade Metropolitana de Florença

Superfície: 3513,61 Km² População: 988.785 Municípios: 41

Florença: Rio Arno

Fotos de viagem...

Florença

Empoli

Piazza del Duomo

Santuário da Madonna do Poço

A histórica Piazza Farinata degli Uberti com, no centro, a Colegiada de Sant'Andrea

Província de Grosseto

Superfície: 4502,28 Km² População: 216.290 Municípios: 28

Pitigliano: Porta da Cidadela

relatos de viagem...

Manciano

Pitigliano

Termas de Saturnia

Vindo do Lácio, entro na Toscana, na província de Grosseto. A paisagem é um fascinante alternar de olivais, bosques e terrenos com a relva queimada pelo sol de agosto. Estou no município de Manciano, de vastíssimo território, onde um ambiente natural bem conservado se integra com a obra do homem que, dos etruscos até hoje, habitou estas colinas. Entrei a pé pela Porta Fiorella, vagueio sem destino pelas ruelas do centro histórico até à Igreja Paroquial de São Leonardo, santo padroeiro da vila; um pouco mais à frente está a magnífica Rocca Aldobrandesca, também chamada Cassero, datada do século XII; hoje é a sede da prefeitura. Volto ao carro passando pela Piazza Garibaldi, onde há uma bela fonte monumental. O sol se põe sobre uma das aldeias mais interessantes das colinas da Maremma e eu prometo a mim mesmo voltar nos próximos anos para visitar algumas necrópoles etruscas e a vila medieval de Montemerano, talvez por ocasião do tradicional palio das botti.

Eu estava percorrendo a estrada regional maremmana, quando, logo após passar o Santuário da Madonna delle Grazie, ao sair de uma curva, apareceu diante de mim uma vila empoleirada sobre uma rocha de tufo. Para meus olhos, foi como dar um salto de mil anos no passado. Parei o carro para tirar algumas fotos. A curiosidade me levou a subir para visitar o vilarejo medieval. Encontrei estacionamento na área do antigo matadouro e, dali, em poucos minutos, cheguei a um grande arco de pedra que separa a parte nova da parte antiga da vila. Viro à direita e me deparo com a Porta da Cidadela, sobre a qual está o brasão dos Orsini, senhores da cidade; a profundidade da Porta dá uma ideia da espessura das poderosas muralhas que cercam a parte antiga de Pitigliano, após a qual me encontro diante do Palácio Municipal. Sigo para o coração do vilarejo, onde, na Piazza della Repubblica, encontro de um lado a grande Fonte das Sete Bicas; do lado oposto, o Palazzo Orsini, já fortaleza do século XIV, hoje sede de importantes museus. Há também um interessante Bairro Judaico, que fez com que Pitigliano fosse conhecida como a pequena Jerusalém. Não posso voltar para casa sem comprar alguns dos produtos: os Pici, uma massa típica toscana, o azeite de produtores locais e doces desta região da Maremma.

Já tinha ouvido falar deste lugar, mas não imaginava que fosse tão especial; para mim foi uma experiência completamente nova. Tudo começa com um estacionamento confortável (custo 5 euros para toda a tarde) num campo a poucas centenas de metros das termas. Troco de roupa no carro e sigo com a minha mochila vestido apenas com chapéu de palha, fato de banho e chinelos de praia. Pelo caminho, dezenas de pessoas vindas de todo o mundo. Depois de passar pelo ponto de restauração e atravessar um riacho de água quente, finalmente encontro-me diante de um dos lugares mais bonitos que já vi, encantador, mas devido à multidão de pessoas parece um círculo da balbúrdia dantesca. Piscinas de água termal a 37°; sentando-me debaixo de uma das muitas cascatas, deixei que as minhas costas fossem massageadas pelos benefícios da água sulfurosa. Aproveito este hidromassagem natural relaxante, maravilha da natureza imersa numa paisagem ainda intacta. Um gelado de menta para matar a sede, e depois sigo para novas aventuras. Para terminar, uma informação útil: as termas Cascate del Molino de Saturnia são totalmente gratuitas, acessíveis livremente 24 horas por dia.